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Peso das Coisas

by Theuzitz

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1.
Âncora 04:22
eu sonho acordado na areia costas cansadas de tanto tentar milhões anos nas mãos visões borradas de deus eu me perdi do que eu sou e eu não sei mais o que ser nessa mania de não terminar nada como eu me deslumbrei como eu me deslumbrei
2.
eu caí vindo de 100 anos atrás e ainda não entendi todo esse gozo e féu que vem pulsando nas ruas pobre educação nem tentando amansar eu consigo mais ganhar o amor daquela mulata porque com a minha vaidade ninguém se importa com as drogas na cidade ninguém se importa com a sexualidade ninguém mais se importa com os meus demônios ninguém mais se importa nada é bom o bastante pra qualquer um mas hoje o seu deus resolveu me ajudar porque com a sua vaidade ninguém se importa com as drogas na cidade ninguém se importa com a sexualidade ninguém mais se importa com os seus demônios ninguém mais se importa com o mármore cuspido ninguém se importa com a queda da cultura ninguém se importa com o seu dedo em riste ninguém mais se importa já que com vosmicê ninguém mais se importa
3.
Andaluz 03:25
eu, que ouvi dizer que agulha no palheiro não se acha e nem vai nascer o passaro tão lindo, flamejante que emerge em cada corpo trucidado e brilha mais que o sol sob o mirante entre as onze e as três no calor dos dezesseis se é mentira o ouro ou os arabescos eu já nem sei a vida é estatistica e um prazo brigar com o tempo é ser contrariado eu jogo esse jogo e onde eu quiser eu consigo ver
4.
eu, nascido e vivido em frente ao horizonte tinha um passado e um futuro num mundo em que eu criei
5.
eu, nascido e vivido em frente ao horizonte tinha um passado e um futuro num mundo em que eu criei beijei algumas pessoas mas eu não queria amei todas tão distante e eu não deveria dizer que eu amei e só cumprimento você não te vendo há um ano não é normal o frio vencer passando por prédios que eu nunca entrei só vejo o oco tudo é tão oco é tão fácil voltar pra casa ninguém quer ter de ceder ninguém se enxerga nu a noite laraialaialaialaia sou obrigado mas eu não sei o que falar me imaginar tão pequeno hoje já não convence mais e eu me vejo em você por trás desses planos correndo atrás de porquês aceitar o que é bom não devia doer é tão estranho eu sei vamos falar as cores surgiram na rua e as novas crianças já vão tomar a nossa esquina sonhei em te ver dançando comigo n'outro lugar nunca é tão tarde pra se mudar se deixa transparecer as flores daqui eu não prometo que iremos ver mas o concreto é um mar se você quiser vir (eu vou lá) se você quiser vir (agora)
6.
Saudade 04:31
saudade quisera poder realizar suas vontades mas eu nunca soube bem o que era meu prédios de orquídeas, borboletas e seus lampejos efêmeros caem junto da armadilha do peso das coisas liberdade vã o melhor é sempre o mundo afora e as tardes tão serenas de tarefas me recompõem eu corro por quadras e parques o ar infinito conduz minha alma ao sol vias crescem outra vez perdidas no espaço no seu peito eu me encontrei estranha sua visita conflitam calma e euforia eu sou você créditos percussões: bruno will violino e saxofone: Lucas De Araújo
7.
eu sei muito bem quanto tempo eu passei guardando desviando do que eu sempre soube nessa de ganhar e perder eu preferi transcender a aposta tudo é bem maior do que eu já sei é, eu posso te encontrar se eu entrar no mar o ouro, a cruz e o tempo é só meu
8.
milhões de sonhos lágrimas de cristal vão ferindo o chão consciência tranquila e um punhal na mão miséria é mentir pra si mesmo a transcendência é amiga da destruição a correnteza se inverteu vermelha toda natureza humana natureza explodem nas festas e nos fins há 25 anos atrás e no meu sangue eu vi toda a beleza nas minhas pernas toda a estranheza trópicos, mares, janelas meus braços abertos anjos caídos irmãos se você vem eu não sei ser mais ninguém galo já cantou cristo nasceu créditos: guitarras, magic, sintetizadores: moblins
9.
Tempo, espaço E o peso das coisas A velocidade do capital A culpa de não rezar Ansiedade por acreditar em nada As bombas e massacres ao redor do mundo As decepções amorosas Os recordes quebrados Os gênios As estatísticas criminalísticas Os prodígios O peso das coisas O sexo O peso das coisas Nossos sonhos Os amigos Os psicoativos e psicotrópicos A confiança Qual o peso das coisas? Da arte Do ódio Do orgulho Do frio 2006 2050 1964 2016 Qual o peso das coisas? Do futuro Da nossa alma Da ancestralidade Da projeção astral, minha mãe Qual o peso das coisas? Do céu De Exu De Atena De Jesus Cristo De Gaia De Alá Dos outros Da urgência Da política Do passo Eu canto Qual o peso das coisas? Da palavra De uma fotografia Da vergonha Da rua Do trem Do tom Da piada Do status Da noite Das luzes Da nossa festa Qual o peso das coisas? Do nosso nome Do espelho Dos animais Dos átomos Das partículas Das estrelas Das doenças Do meu ascendente em cancer Da filosofia Qual o peso das coisas? De um pedaço de papel Do sorriso Da sanidade Das conexões forçadas Das tentativas Do passado Dos traumas Da sanidade Das vitórias Da cópia Da fama Do contexto Da utopia Do ceticismo Do acaso Da morte Do ar Qual o peso das coisas? Da descoberta Da verdade Do profundo Da beleza Do rompimento De amar demais Da empatia Qual o peso das coisas? Yonlu O peso das coisas De qualquer coisa Qual o peso das coisas? O calor vem puro quando se domina o tempo Tempo, espaço e o peso das coisas
10.
11.
sorte, amores virtuais especulação individual o afunilamento da cultura e a depressão hipermoderna quem se importa? o tempo passa e eu fico aqui com as minhas metas continuo aqui jogando bola meus velhos amigos de escola usando drogas pra poder dormir mas se eu quiser eu poderia até falar da profundeza das águas ou da tristeza da vida só que hoje eu já cansei de todo fardo eu já cansei morte as teorias de paz você não sabe quem eu sou e se nem os deuses sabem se a vida é uma só então foda-se foda-se a desculpa da carne foda-se o pão e o vinho foda-se o metrônomo e o algoritmo foda-se o hype e o zeitgeist porque se eu quiser eu poderia até cantar qualquer samba antigo ou declamar nostalgia só que hoje eu já cansei de não viver eu já cansei

about

Peso das Coisas é um convite a experimentação. Um comentário em primeira pessoa a respeito da nossa multiplicidade enquanto seres sensíveis em vários de seus aspectos, ideológicos, físicos, espirituais, sentimentais, e em como ela se manifesta e pode ser maleável.
Gravado dentro de um quarto, com poucos recursos, inserido numa cidade distante geograficamente dos grandes centros, o “Peso das Coisas” não deixa de ser também um reflexo sobre esse deslocamento, partindo do discernimento de Jandira, onde Theuzitz mora e vive há anos, até o transito constante para São Paulo, onde se encontro a “vida útil” de trabalho do autor. A ideia também é evidenciar o quanto essas áreas se afetam podem construir novos lugares.
A demonstração dessa proposta acontece a sua maneira dentro dos gêneros permeados no disco, (folk, punk, noise, samba, dream pop, rock psicodélico, spoken word, indie pop), nas capas (tanto do single “Ninguém se Importa” quanto do próprio LP) e nos samples e colagens utilizadas ao longo das 11 faixas, que relacionam artistas como Dorival Caymmi, Clementina de Jesus, Nirvana, Yoñlu, Zóio de Gato, entre outros.

credits

released October 13, 2016

Capa, letras e instrumentos por Matheus Antonio. Imagem superior esquerda retirada do acervo de Kat Irlin
Gravado, mixado e masterizado por Matheus Antonio em Jandira/SP.

Coro em Ninguém Se Importa por Rodrigo Dias
Percussões em Saudade: Bruno Will
Violino e saxofone em Saudade: Lucas De Araújo
Guitarras, magic, sintetizadores em Cavalo por Moblins

Lançado e distribuído pelos selos independentes Banana Records e Lixo Records em 13 de outubro de 2016.

Produção independente, 2016, Brasil, Jandira, SP.

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